top of page
Daniele Nunes

EXERCITUS ROMANUS - EXÉRCITO ROMANO





Forças Tribais

(c. 800-578 a.C.)


Subdivisões do exército baseadas nas três tribos fundadoras da cidade (cúrias).


Exército (legio) era relativamente pequeno, e as suas atividades limitavam-se principalmente a saques e roubos de gado com escaramuças ocasionais.















Forças Tribais

(c. 800-578 a.C.)


Carecia de profissionalismo e organização.


Unidades e regimentos provavelmente compostos por divisões por tribo ou por gens (conjunto de famílias).


Exército composto basicamente pela infantaria (pedites), e pela cavalaria (celeres) formada pelos nobres da cidade. Guerras contra os etruscos.



Reforma do Exército

(578–510 a.C)


Reforma realizada durante a Monarquia Romana por Sérvio Túlio, sexto rei de Roma. Formação de unidades do exército em centúrias.

Exército adota modelo baseado na classe sócio-econômica dos cidadãos => tropas diferentes baseadas nas classes sociais dos cidadãos proprietários (adsidui).


Cidadãos de "primeira classe" => aqueles qualificados para servir militarmente como infantaria pesada.


Serviço militar considerado uma responsabilidade cívica (obrigatório a todos os cidadãos proprietários) e uma forma de melhorar o status social dentro da sociedade romana.


Reforma do Exército

(578–510 a.C)


Ordem Equestre (ordo equester) => Cavalaria formada pelos aristocratas ou patrícios (patricii).




Reforma do Exército

(578–510 a.C)


Primeira Classe => Infantaria pesada formada pelos cidadãos mais ricos. Similares aos hoplitas gregos, ocupavam a primeira linha de batalha.


Reforma do Exército

(578–510 a.C)


Segunda Classe => Infantaria média. Colocava-se detrás da primeira em formação de batalha.


Terceira e Quarta Classes => Infantaria leve. Armados com lança e dardos para ataque à distância. Normalmente colocavam-se detrás da segunda classe para dar apoio.


Quinta Classe => Composta pelos cidadãos mais pobres. Armados com fundas e pedras para fustigar o inimigo. Colocavam-se à frente do exército principal, cobrindo a sua aproximação e ocultando as suas manobras.


Proletários (proletarii) => Última classe, composta por homens sem propriedades e portanto eximidos do serviço militar por serem pobres demais para fornecer qualquer tipo de equipamento militar. Requisitada para o serviço em situações de necessidade.


As tropas mais veteranas ficavam responsáveis pela proteção da cidade.



Proletarização da infantaria

(217–107 a.C.)


  • As extraordinárias exigências militares das Guerras Púnicas, com a falta de mão-de-obra, puseram em evidência manipular as debilidades táticas da legião;


  • Em 217 a.C. Roma ficou obrigada a ignorar os seus princípios de que os seus soldados deviam ser cidadãos romanos e proprietários, e teve de enrolar os escravos no serviço naval;


  • Por volta de 213 a.C., os requisitos de propriedade reduziram-se de 11 000 a 4 000 asses (Asses nome dado a moerda romana de bronze e posteriormente de cobre em circulação durante a repúplica e o império);


  • Por volta de 123 a.C., os requisitos financeiros para o serviço militar foram novamente reduzidos dos 4 000 asses até 1 500.


  • Finalmente, a falta de homens levou a um acréscimo considerável na carga repartida entre os aliados (socii) quanto às suas contribuições de soldados. Quando necessário, esses aliados eram obrigados a fornecer ao exército romano um número de tropas totalmente equipadas dentro de um limite definido anualmente, e quando tais aliados não eram capazes de prover a quantidade e tipos de soldados requeridos, os romanos contratavam mercenários para as suas legiões.


A legião mariana

(107–49 a.C.)


Cônsul Caio Mário levou a cabo um programa de reformas no exército da república;


  • Processo é conhecido como as reformas de Mário ou reformas marianas;


  • Em 107 a.C., todos os cidadãos foram habilitados formalmente para entrar no exército romano. Este último movimento formalizou e concluiu um processo gradual que fora forjado através de vários séculos, mediante a redução dos requisitos econômicos para o serviço militar;


  • A distinção entre hastados, príncipes e triários, foi oficialmente eliminada;


  • A infantaria legionária passou a ser uma força homogênea de infantaria pesada composta por cidadãos romanos. Naquele tempo, a cidadania romana e a latina foram se expandindo geograficamente por grande parte da Itália e da Gália Cisalpina.


Caio Mário, Busto na Gliptoteca de Munique
Caio Mário, Busto na Gliptoteca de Munique

  • A infantaria mais leve, como os vélites e os equestres, foram substituídas por tropas auxiliares compostas por mercenários ou soldados que não eram cidadãos romanos. Devido à concentração das legiões numa força de infantaria pesada, os exércitos de Roma dependiam da cavalaria auxiliar que lhes dava apoio. Como necessidade tática, as legiões eram acompanhadas quase sempre por um número igual ou maior de tropas auxiliares mais ligeiras, que pela sua vez eram recrutadas dos não cidadãos que viviam nos territórios do império.


⦁ Ao contrário de datas anteriores, os legionários já não lutavam em campanhas estacionais para a proteção da sua terra. Contudo, através dos séculos V e IV a.C. foi-se tornando cada vez mais comum que as campanhas durassem mais de uma estação, pelo qual as reformas de Mário não eram tão radicais neste ponto. Pelo contrário, agora recebiam um pagamento fixo, e eram empregues pelo Estado por uma duração determinada. Como consequência, o serviço militar passou às classes mais baixas da sociedade romana, para as quais o pagamento do Estado se tornava um bom incentivo.

Reprodução de uma roupa de um legionário romano.
Reprodução de uma roupa de um legionário romano.

As tropas auxiliares, além disso, podiam estar formadas por diferentes tipo de tropas:


⦁ Cavalaria ligeira, conhecida como alas


⦁ Infantaria ligeira auxiliar,

conhecida como coorte auxiliar.


⦁ Unidades combinadas com ambos os tipos de soldados, conhecidas como coortes de cavalaria.


As tropas de cavalaria incluíam os arqueiros a cavalo, a cavalaria de choque ou armados com lanças.


A infantaria podia ir armada com arcos, fundas, lanças de arremesso ou espadas longas. As unidades auxiliares originariamente eram dirigidas pelos seus próprios chefes e, neste período, a sua organização interna dependia dos seus comandantes.


Recrutamento de não cidadãos

(49-27 a.C.)


Durante a época de Júlio César, em 54 a.C., as unidades regulares de legionários foram apoiadas por novas unidades especiais. Em concreto, foram recrutados exploradores e especuladores, espias cuja missão era infiltrar-se nos acampamentos inimigos. Por outro lado, e devido às exigências da guerra civil, tomou-se a medida extraordinária de recrutar legiões de não-cidadãos. Júlio César fê-lo na Gália Transalpina, Pompeu em Farsalos e Marco Júnio Bruto na Macedônia. Este recrutamento teve caráter irregular e extraordinário sem ser o recrutamento típico deste período. A lei romana continuou exigindo oficialmente que as legiões fossem compostas exclusivamente por cidadãos romanos.


Introdução das vexillationes

(76– 117)


Vexillatio- Unidade menor que atribuía destaques das Cortes de uma Legião.


Barbarização do exército

(117–253)


Se inicia uma processo de recrutamento de bárbaros e semi-bárbaros para proteger as fronteiras das provincias adquiridas, criando-se assim um novo sistema.


Barbarização do exército

(117–253)


Influência germana no exército romano:





exército romano lutando contra invasores germânicos, nos idos do século IV









Imperador Constantino e seus soldados em batalha) fonte- Late Roman Legions & military






Crises Sucessivas

(238–284)


Contato com diferentes inimigos levou o exército romano a se adaptar e também a introduzir novos tipos de soldados.


Guerras com os Partas e Persas => Surgimento dos catafractários (cavalaria de choque) e dos clibanários (cavalaria pesada armada com arcos e flechas). Estes tipos de soldados continuaram a ser empregados em batalha pelo Império Bizantino após a queda do Império Romano do Ocidente.



Anarquia militar





Crise política de poderes

Conflito político

Imperador



Como se tornava imperador?





Crise do escravismo


• Fim das conquistas militares.

• Como os romanos não perceberam que estavam chegando em uma crise ?




Expansão do cristianismo

• Morte de Jesus de Nazaré : • SEGUIDORES SE REUNIAM • PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS MUITOS SOLDADOS CONVERTIDOS NO CRISTIANISMO.


Invasões bárbaras


Quem era os bárbaros ?

Império romano em crise.

Exercito infiel

Crise econômica

Sem forças mais para reagir a um confronto.

Fim do império.



Comitatenses e Limítanes

(284–358) d.C


Demanda por soldados para a defesa das fronteiras e para reservas estratégicas móveis => Divisão do Exército em quatro tipos de tropas:


Limítanes: Tropas estacionadas nas fronteiras para a defesa contra investidas dos bárbaros. Eram formadas por camponeses locais (milícias). Exemplo: tropas estacionadas na Muralha de Adriano, na província da Britânia no século II.



Comitatenses e Limítanes

(284–358) d.C


Comitatenses: Tropas de infantaria pesada, melhor equipadas, que eram mantidas como reserva estratégica na retaguarda. Juntavam-se às tropas limítanes para combater as investidas dos bárbaros.


Reservas Provinciais: Tropas intermediárias entre os limítanes e os comitatenses. Compostas por cuneus (cavalaria) e auxiliares (nesta época somente infantaria).


Scholae (escolas): Reservas centrais que se mantinham como retaguarda estratégica até mesmo aos comitatenses, cada uma na presença dos imperadores do Oriente e Ocidente, respectivamente.




Comitatenses e Limítanes

(284–358) d.C


Reformas militares


Declínio no recrutamento de cidadãos romanos => utilização de habitantes bárbaros ou semi-bárbaros. Redução das legiões como infantaria pesada de elite.


Reorganização do exército em unidades de infantaria menores e mais levemente armadas do que as antigas legiões. Maior ênfase no combate a distância.


Maior proporção de tropas germânicas no exército regular => legionários começam a vestir-se ao modo germânico também.



Adoção de Aliados Bárbaros

(358–395) d.C


Deficiência crônica quanto à capacidade de recrutar tropas suficientes dentre a população romana. Necessidade de pagamento de cada vez mais recrutas bárbaros => intensifica-se o acréscimo de impostos

internos.


Francos recebem permissão para se estabelecer no norte da Gália => em retorno são obrigados a defender as fronteiras do império no seu território e prover tropas para servir como unidades romanas.




Adoção de Aliados Bárbaros

(358–395) d.C


Derrota dos romanos na Batalha de Adrianópolis, contra os Godos => Império se vê obrigado a apoiar-se ainda mais nas tropas bárbaras para apoiar as suas próprias.



Colapso do Império Romano do Ocidente

(395–476) d.C


Nova estrutura militar


Exército central, sob domínio direto do imperador. Conhecido como comitatense palatino ou praesental ("na presença" do imperador).


Exércitos regionais.


Estes exércitos foram se degradando com o tempo, tornando-se unidades de guarnição similares aos limítanes, às quais suplementavam ou substituíam.


● O exército móvel dos comitatenses é dividido em vários exércitos menores.


Colapso do Império Romano do Ocidente

(395–476) d.C


Já uma significativa porção da força militar do Império se baseava nos mercenários bárbaros (federados).


Ao longo do século V, muitas das fronteiras originais do império foram completa ou parcialmente despojadas de tropas para poder reforçar o exército central.


Alguns territórios, como a província da Britânia, foram completamente abandonados pela impossibilidade de defendê-los.




Colapso do Império Romano do Ocidente

(395–476) d.C


Tropas romanas se estendiam e se diluíam ao longo da extensa fronteira do Império, enquanto que seu território continuava reduzindo-se em tamanho.


Bandos de bárbaros começam a penetrar cada vez mais através das fronteiras vulneráveis do Império.


Romanos derrotam Átila, o Huno, somente com a ajuda de uma confederação de tropas entre as que se incluíam efetivos visigodos e alanos.



Colapso do Império Romano do Ocidente

(395–476) d.C


Ondas de invasões bárbaras continuam até derrubarem as fronteiras do Império.


Exércitos bárbaros pagos por Roma, após um período de caos, acabam destronando Rômulo Augusto, último imperador do Império Romano do Ocidente.



Império Romano do Oriente

(395-1453) d.C

O Império Romano do Oriente (Império Bizantino) permaneceu de pé, e seu exército e marinha continuariam defendendo-o até a queda de Constantinopla em 1453.



Legado do Exército Romano

O Cavaleiro Feudal


O cavaleiro feudal se desenvolveu com base na antiga ordem equestre romana e no conceito de cavalaria de choque adotado pelo Império Romano após seu contato com os partas e os persas.



Legado do Exército Romano


Serviço Militar:


Origem da conscrição e treinamento de cidadãos para formar exércitos de soldados.


Hierarquia, Disciplina e Organização:


Os princípios básicos de hierarquia, disciplina e organização dos exércitos modernos se encontram no antigo Império Romano.



 

Fonte- Osprey Publishing


"Roma - Economia e Exército romano" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2018. Consultado em 19/11/2018 às 06:25. Disponível na Internet emhttp://www.sohistoria.com.br/ef2/roma/p6.php




757 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

OS CÁTAROS

Comments


bottom of page